Unidades de saúde incluem UBS, UPA ou hospital; é importante que o usuário saiba a qual deles recorrer diante de uma enfermidade
Dor no corpo, fraturas, febres, mordida de animal: uma dúvida muito comum entre a população é sobre qual lugar procurar em caso de emergência, mal-estar ou doença, por exemplo. Para um bom funcionamento dos serviços é importante que o usuário saiba a qual deles recorrer diante de alguma uma enfermidade. Isso porque desse modo é possível evitar superlotações que impossibilitam um “bom atendimento”.
Unidades de saúde em Rondônia
Atualmente, Rondônia conta com 280 unidades básicas de saúde (UBSs), 04 unidades de pronto atendimento (UPAs), e 21 hospitais. Cada uma delas tem uma função na assistência dos pacientes, seguindo determinados protocolos.
UBS
As UBSs estão preparadas para ofertar o “cuidado primário”, tais como: dor no dente, no ouvido, enjoos, sintomas gripais, vacina, consultas de rotina, consultas pré-natal, etc. São essas unidades que atuam, ainda, em problemas com álcool ou outras drogas, na saúde da mulher (suspeita de gravidez, violência doméstica, complicações menstruais e amamentação) e na saúde mental (ansiedade e depressão).
UPAS
Já as UPAs funcionam 24h e são os locais indicados para atender pacientes com quadros de dores abdominais, dores na cabeça, falta de ar, convulsão, diarreia, vômitos, envenenamento e tentativa de suicídio, por exemplo.
Hospital
Hospitais são para casos de emergência, como fraturas, acidentes, agressões por armas, AVC, infarto, pressão arterial muito alta, mordidas de animais, entre outros.
Usuários das unidades de saúde
Por outro lado, é importante que as pessoas saibam em quais casos devem procurar cada uma das unidades de saúde, pois, apenas dessa maneira, é possível atendermos os pacientes da melhor forma. Então, em casos menos graves, a indicação é sempre procurar primeiro a UBS, em seguida a UPA e, por último, o hospital.
E cabe ainda aos hospitais o atendimento às ocorrências de alta complexidade, como hemorragias, traumas fortes, partos normais ou cesáreas, cirurgias, transplantes, quedas de altura e perda de consciência.
Cores das bandeiras
Preta: para casos que afetam a unidade hospitalar e não permitem o funcionamento mínimo da unidade de saúde, o que pode oferecer risco aos pacientes ou trabalhadores, como em caso de incêndio, contaminação, falha na estrutura do prédio. A classificação nessa cor cabe exclusivamente ao secretário de Saúde.
Vermelha: quando existem poucos leitos restantes para internação no serviço de emergência ou quando, por exemplo, não há mais pontos de oxigênio disponíveis no pronto-socorro. Nesses casos, apenas pacientes com pulseira vermelha serão atendidos.
Laranja: prevê atendimento apenas para pacientes com pulseira da mesma cor ou vermelha. O significado da cor é potencial risco de agravo do quadro, com necessidade de atendimento médico e assistência de enfermagem contínua.
Amarela: atendimento para pacientes com pulseira da mesma cor — que permite atendimento no pronto-socorro por ordem de chegada —, bem como laranja e vermelha.
Verde: significa que há capacidade plena de atendimento no hospital. Pacientes com pulseiras verdes e azuis podem ter as demandas absorvidas pelas UPAs e unidades Básicas de Saúde (UBSs). Mas, o público classificado com uma das duas cores não tem prioridade no atendimento.
Reavaliação
Vale destacar que as mudanças de classificação da situação dos hospitais acontecem por diversos fatores, como movimentação de leitos ou altas precoces da demanda. Nesses casos, há encaminhamento para acompanhamento ambulatorial e articulação com emergências, em UPAs, UBSs e hospitais regionais.
Contudo, as bandeiras decretadas nos hospitais não afetam o atendimento nas UPAs e UBSs. Por isso, pacientes sem gravidade devem buscar atendimentos nessas unidades, mais adequadas para quadros clínicos não urgentes. Além disso, cirurgias eletivas e emergenciais não são afetadas pela decretação de bandeiras.
No entanto, o primeiro passo que o paciente deve se atentar é à gravidade do atendimento que precisa, assim como a classificação que o local tem. Dirija-se ao hospital apenas em casos de mais gravidades.
*Foto: Reprodução