Complexo hoteleiro de Inhotim terá diária que pode variar de R$ 1.700 a R$ 2.500; grupo Clara Resorts é responsável pela construção dos empreendimentos
No fim deste ano, o grupo Clara Resorts entregará a primeira parte do complexo hoteleiro que fica dentro do maior museu a céu aberto do mundo, o Instituto Inhotim. Todavia, o grupo que tem como CEO a empresária Taiza Krueder, agora tem um desafio pela frente: é ‘desenhar’ este complexo hoteleiro sem perder a linguagem e essência de Inhotim e, ao mesmo tempo, manter a característica dos hotéis do grupo Clara Resorts, situados no interior paulista: o Clara Eco Resort, em Dourado, e o Clara Ibiúna, na cidade de mesmo nome.
Complexo hoteleiro de Inhotim
Segundo Taiza, a ideia da construção em Inhotim é que o local ‘transborde’ arte dentro e fora. O idealizador do museu, Bernardo Paz, instituiu a CEO do Clara Resorts para fazer a curadoria de arte no hotel. Isso inclui inserir no ambiente hoteleiro de dois a três quadros de uma exposição do instituto e exibi-los no hotel para instigar o hóspede. Além disso, pode haver uma lojinha com itens de Inhotim nos hotéis do Clara Resorts, no interior de São Paulo.
Decoração no complexo de Inhotim
Em relação à decoração do hotel de Inhotim, Taiza destaca que terá a mineiridade característica nos interiores do empreendimento. Para isso, a arquiteta Marina Linhares priorizou mobiliários de empresas mineiras, com fábricas próximas do instituto. Já os pisos vêm da pedreira São João del-Rei. Por sua vez, o paisagismo é do mineiro Felipe Pontes, destaque da Casa Cor 2022 com o espaço Jardim Infinito Coletivo. E todos os quartos terão purificador de água, o que reflete em não ter de jogar 120 mil garrafas plásticas por hotel, e por ano, na natureza. O espaço também contará com iluminação natural.
Público-alvo
Entretanto, Taiza não gosta que denominem o empreendimento como um hotel-butique, de alto padrão. Isso porque as diárias serão as mesmas cobradas nos empreendimentos do interior paulista: de R$ 1.700 a R$ 2.500. Neste caso, a CEO explica que não foge do público que já conhece.
Por outro lado, a empresária ressalta que não pode ter só o turista de final de semana que vem visitar o Inhotim. Sendo assim, o foco do Clara Inhotim é o segmento corporativo e de destination wedding (casamento), além das 35 mil famílias inscritas em seu programa de fidelidade. Mas ela reforça que está construindo um hotel para os mineiros se sentirem em casa.
Segunda fase do projeto
Vale destacar que a segunda fase do projeto dependerá de como será a ocupação do primeiro empreendimento que deve ser entregue em novembro deste ano. Até 2025, o Clara Resorts prevê expansão do hotel em terreno anexo, com a construção de 60 apartamentos, centro de convenções, restaurante, piscina, quadras de tênis, campo de futebol e outros equipamentos.
Por fim, Taiza explica que pegou uma obra parada, iniciada em 2014, e que agora está dando passos para trás para “colecionar metros”. Por isso as obras estão atrasadas, justifica. Mas, com a conclusão do Clara Inhotim, cerca de 150 empregos devem ser gerados. Já o investimento total nos dois hotéis é de R$ 400 milhões nos próximos cinco anos.
*Foto: Reprodução/https://www.instagram.com/p/CwoArrDvicn/