Planejamento financeiro é um meio de não entrar mais em dívidas; débitos não quitados de empréstimos e financiamentos têm sido um dos desafios para boa parte dos inadimplentes
No final de 2023, oito em cada dez famílias brasileiras estavam endividadas. Isso revela a importância do crédito para a população brasileira. Uma pessoa é considerada endividada mesmo que o financiamento de uma casa esteja em dia, um empréstimo com as parcelas sendo quitadas ou que a fatura do cartão de crédito seja paga na data de vencimento.
O problema ocorre quando um terço dessas famílias endividadas têm parcelas de pagamento das dívidas em atraso, como mostrou o relatório “Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência”, divulgado em dezembro do ano passado após a pesquisa do Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia.
Contudo, em 2024 esse número pode ser menor por conta das novas regras estabelecidas pelo CMN – Conselho Monetário Nacional para limitar a cobrança de juros rotativos do cartão de crédito no valor de 100% da dívida. Sendo assim, o valor total da dívida daqueles que atrasam o pagamento da fatura do cartão não pode ultrapassar o dobro do débito original.
Empréstimos e financiamentos
Além disso, dívidas não quitadas de empréstimos e financiamentos também tem sido um desafio para 43% das famílias inadimplentes, proporção esta que também subiu em relação ao ano de 2022, quando era 40%.
De acordo com Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, “com percentuais menores, mas também preocupantes, 19% das famílias brasileiras acumulam dívidas do cheque especial; 17% com contas de serviços básicos, como luz, gás e água; 15% com impostos, como IPVA e IPTU; 14% com contas de celular; e 12% com compras feitas em lojas de departamento”.
Assinaturas de internet e TV a cabo
O relatório “Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência” também analisou as pendências com assinaturas de internet e TV a cabo, que respondem por 10% e são seguidas na lista pelas ligadas a planos de saúde com 6%; mercado com 5%; mensalidades em escolas com 4%; taxas de condomínio com 4%; e outros 2%.
Planejamento financeiro
Por outro lado, os principais motivos pelos quais as famílias ficam devendo são a falta de planejamento financeiro, o desemprego, gastos inesperados com saúde, emprestar o nome de alguém para efetuar compras ou contratar serviços, compras de alto valor, acima do que cabe no orçamento, investimento em negócios que deram prejuízo e a falta de controle nos gastos por parte do companheiro ou companheira, aponta o relatório.
Taxa Selic
Atualmente em 11,25%, a Selic deve seguir com perspectiva de baixa nos próximos meses, o que pode contribuir para a redução no número de inadimplentes em 2024. A Selic é a taxa básica de juros da economia e o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC – Banco Central.
O relatório “Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência” mostra ainda que 59% das famílias endividadas acreditam que tornar o crédito mais barato e acessível impactaria muito na sua vida financeira. Além disso, 56% deles pensam que ter orientações de qualidade sobre como organizar o próprio orçamento também ajudaria.
“Uma boa notícia é a possibilidade de trocar uma dívida por outra e diminuir os juros, assumindo um novo empréstimo e economizando com a quitação mais rápida de um passivo caro”, orienta Salim.
Neste caso, muitas empresas especializadas em renegociação de dívidas podem ajudar essas famílias. É o caso de O Facilitador que media negociações para pessoas físicas.
Com a troca de dívidas uma família pode substituir um débito elevado, com altas taxas de juros, por uma opção mais acessível, fácil de quitar, legal e amplamente oferecida no mercado, com vantagens variadas para quem procura pagar menos juros. Com isso, o risco de inadimplência cai e a saúde financeira do consumidor melhora.
Portanto, a troca de dívida é um processo que pode ser muito vantajoso, sendo uma estratégia indicada e bastante utilizada no planejamento financeiro. Em suma, a substituição significa renegociar e excluir as despesas pendentes por outra, preferencialmente com menores taxas de juros, tornando assim o débito mais fácil de ser liquidado.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-casal-verificando-seu-orcamento-familiar_10113439.htm#fromView=search&page=1&position=3&uuid=655fb0af-2857-4cb9-8501-0edcd3590369