Uso do cheque especial diminui, chegando ao menor índice desde 2010, com aproximadamente 4%
Apesar de muitos brasileiros estarem endividados, o uso do cheque especial segue caindo. Prova disso é que no mês de maio, esta forma de endividamento chegou a aproximadamente 4%, o menor índice já registrado desde abril de 2010. Na ocasião, esta modalidade atingiu 9,5%, a maior da série histórica.
Uso do cheque especial diminui
De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sobre pessoas endividadas e inadimplência do consumidor, o uso do cheque especial diminui como um resultado de que pode haver um maior planejamento financeiro das famílias brasileiras.
Por outro lado, a pesquisa também registrou a terceira alta consecutiva do percentual de brasileiros endividados: cerca de 79% dos entrevistados disseram ter dívidas maiores, o que corresponde a 0,3 ponto percentual a mais, se comparado ao resultado de abril, e o maior desde novembro de 2022.
Para a Confederação, isso significa que as famílias seguem aumentando sua demanda por crédito, aproveitando o menor custo dos juros.
Além disso, o resultado revela que a economia nacional dá indícios de uma melhora. Isso porque as famílias brasileiras vêm apresentando uma melhor renda, melhor acesso ao crédito e estão sinalizando melhor planejamento financeiro. Isso inclui fatores empregatícios, renda mais elevada e redução de juros, o que permite que as famílias utilizem mais o crédito sem se expor a situações de inadimplência.
Endividamento
Na paralela, grande parte da população segue endividada, tanto em relação a abril de 2022 quanto a 2023. Por sua vez, pessoas com maior poder aquisitivo, com renda acima de dez salários mínimos, foi a única que registrou redução de suas dívidas. Na soma do ano, a queda foi de 3,6 ponto percentual.
Já a faixa de baixa renda aparece na pesquisa como a que apresentou a maior necessidade de recorrer ao crédito, e também aquela como maior dificuldade em pagar as dívidas.
Desenrola Brasil
Em relação ao Programa de Renegociação de Créditos Desenrola Brasil, este foi muito positivo para a economia brasileira, pois o país estava num cenário de endividamento com inadimplência elevada. Tudo isso gerou um debate que pode acarretar em um acesso à educação financeira por famílias endividadas. Portanto, o programa Desenrola foi fundamental para tirar famílias da inadimplência e inseri-las novamente no mercado de consumo.
Vale dizer que antes deste programa do governo, as pessoas endividadas recorriam a empresas que faziam o meio de campo junto aos credores para refinanciar ou quitar as dívidas de uma vez por todas. Um exemplo de empresas para este fim é O Facilitador.
Por fim, em maio deste ano, o tempo médio de atraso nas dívidas ficou estável em 64 dias na comparação com maio de 2023.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-economizando-dinheiro-durante-a-crise-de-energia_36291470.htm#fromView=search&page=1&position=22&uuid=7c73bec5-8ebb-4186-96fb-078eeecd48f3