Som na Rural é Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Recife e tem um 2025 incerto
Neste ano, o projeto Som na Rural conquistou maior visibilidade. Prova disso é que a iniciativa de cultura, arte e comunicação celebrou 15 anos de estrada e se tornou Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Recife, por meio de um projeto de lei da vereadora Liana Cirne (PT), aprovado pela Câmara Municipal.
Som na Rural
Por outro lado, mesmo diante de tal reconhecimento, o produtor cultural Roger de Renor e o diretor e fotógrafo Nilton Pereira, realizadores do projeto, afirmam que a cidade continua sem um mercado cultural que torne viáveis iniciativas voltadas à cultura popular. Roger diz ainda que é mais fácil vender para uma empresa um camarote, privatizar uma praça, do que você arrumar um patrocinador para o Som na Rural.
Planos para 2025
Em relação aos planos para 2025, o fotógrafo ressalta a ausência de patrocínio. O futuro é certo até o Carnaval. Depois fica mais difícil, pois os poderes públicos gastam tudo com os cachês das bandas que vão tocar no Marco Zero e em outros palcos grandes. A continuidade do ano todo fica muito difícil, reforça.
Cultura itinerante
O polo de cultura itinerante circula além de Pernambuco. O Som na Rural, identidade pública a bordo de uma bela Ford Rural Wyllis de 1969, já excursionou pelas cidades de São Paulo (SP) e Brasília (DF) – sendo a ida à Capital Federal para a posse do presidente Lula (PT), em 1º de janeiro 2023.
Por fim, Roger e Nilton se posicionam sobre a política do país. Eles mencionam a retomada democrática após um governo fascista, e ir a outras localidades dentro de um veículo 69 até Brasília que foi um grande desafio.
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