Economia brasileira se destaca no setor de Serviços
As micro e pequenas empresas já correspondem por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), o conjunto de produtos, serviços e riquezas produzidas no país. Com um faturamento que chega até R$ 3 trilhões por ano, o setor é responsável por 78% dos empregos gerados, além de promover em larga escala a inclusão produtiva dos microempreendedores individuais (MEI).
Economia brasileira em alta pelas empresas de pequeno porte
Além disso, diferentes fatores determinam a economia brasileira pelo tipo de empresa nesse segmento, e o critério preponderante é o do faturamento anual. Segundo o Secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Alexandre Iwata:
“No caso do MEI, empresas que vão até o faturamento anual de R$ 81 mil. Quando a gente olha para pequenas empresas a gente está com faturamento de R$ 360 mil até R$ 4,8 milhões. E quando a gente olha para microempresa, são empresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano.”
O setor de Serviço é o que mais detém micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, sinalizando mais da metade dos cadastros ativos no país. Outros setores também se destacam como o Comércio, a Indústria e a Construção Civil.
Contudo, essa concentração na área de Serviços é comum nas economias maduras. Isso porque ela alavanca os arranjos produtivos dos demais setores, o que impulsiona a criação de empregos. É o que revela o secretário Alexandre Iwata:
“Quando a gente olha a geração de emprego que o Brasil observou ao longo deste ano de 2022 – a gente gerou quase 1 milhão e novecentos mil empregos no setor formal – desse montante, 72% foi justamente nesse segmento de micro e pequenas empresas, e aí novamente o setor de serviços teve uma representatividade muito importante nesse processo.”
Desburocratização impulsiona economia brasileira
Por outro lado, a criação de arranjos produtivos no país, como o processo de abertura do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). , também contribuiu para o avanço. Desde 2019, que o tempo gasto para abrir uma empresa no país é decrescente. Antes, o tempo médio era de cinco a seis dias. Em agosto deste ano, o tempo é de 23 horas. Em alguns estados brasileiros, o marco é de 5 horas.
Portanto, esta facilidade revela um ambiente de negócios favorável à criação de novas empresas, e é visto por empresários nacionais como um diferencial. Um avanço que reflete a adoção de medidas para reduzir a burocracia e facilitar a vida de quem quer empreender, explica o secretário:
“Para gente chegar nessa marca, teve todo um processo de facilitação regulatória, que não foi um ato isolado. A gente teve o marco de melhoria do ambiente de negócios – uma medida provisória de 2021; antes disso a gente teve a Lei da Liberdade Econômica, que traz a definição de atividade de baixo risco. Com isso, identificam-se cerca de 300 atividades que para entrar em operação não precisam de alvará, e isso traz uma celeridade muito grande para a empresa começar a funcionar.”
Assinatura digital
Outra facilidade também para as empresas é a da assinatura digital. ou seja, dispensa o empreendedor do tempo e do custo de preparar documentação em cartório. Ficam livres de licenciamento ambiental, e autorização de órgãos como Corpo de Bombeiros e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Tecnologia 5G impulsiona micro e pequenas empresas no Brasil
Além disso, a implantação da tecnologia 5G no Brasil significa grande oportunidade para os micro e pequenos empreendedores, principalmente pela demanda por desenvolvimento de softwares e outras soluções digitais, como: automação industrial, estimada em R$101 bi até 2030, afirma Iwata. Ele disse ainda que a tecnologia 5G vai trazer outros impactos positivos, como ganhos de produtividade e redução de custos.
A demanda por inovação tecnológica é outra fonte de oportunidades para novas empresas, em especial para as startups – um segmento que vem crescendo muito no país, com o apoio de políticas públicas específicas, como o InovAtiva Hub. Por fim, Iwata complementa:
“O InovAtiva Hub é um processo de aceleração de startups que traz maior conhecimento, tira dúvidas, traz orientações. E até hoje já conseguimos acelerar 2,8 mil startups nesse projeto InovAtiva Hub.”
*Foto: Reprodução