Direitos dos palestinos, segundo secretário-geral da Onu, envolve a criação de dois Estados; entenda como
Em mensagem, no Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestino, celebrado ontem (29), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que ainda estão bem distantes os direitos fundamentais dos palestinos.
Direitos dos palestinos
Ainda segundo o secretário-geral, as Nações Unidas continuarão a ser solidárias para com os direitos dos palestinos, uma vez que seus direitos inalienáveis de viver em paz, em segurança e com dignidade não ocorrem de fato.
Ele diz também que todos os nesta data, a comunidade internacional manifesta a sua solidariedade pela dignidade, pelos direitos, pela justiça e pela autodeterminação do povo palestino. Além disso, a comemoração deste ano é sobretudo penosa, pois estes objetivos essenciais seguem muito distantes.
Dor e injustiça
Por outro lado, Guterres disse que nenhuma atitude nada justifica os ataques terroristas sofridos por Israel em 7 de outubro de 2023, e a tomada de reféns, ações realizadas pelo Hamas. Entretanto, ele ressalvou que também nada justifica a punição coletiva do povo palestino perante o mundo todo.
E mais de um ano depois, Gaza está em completo estado de ruínas. E mais de 43 mil palestinos – na sua maioria mulheres e crianças – terão sido mortos e a crise humanitária agrava-se dia a dia. Isto é terrível e indesculpável, diz o comunicado.
Ações de Israel
O secretário-geral listou uma série de ações de Israel, como a ocupação de parte da Cisjordânia, Jerusalém Oriental, operações militares, a ampliação dos colonatos em territórios palestinos, despejos e demolições. Em suma, a violência dos colonos e as ameaças de anexação estão a infligir mais dor e injustiça, ressalta.
Cessar-fogo
Guterres defendeu ainda um cessar-fogo e a libertação incondicional de todos os reféns. Para isso, ele pediu também a criação de dois Estados com a capital em Jerusalém.
Por fim, para ele, já está mais do que na hora de um cessar-fogo imediato e da libertação incondicional de todos os reféns; do fim da ocupação ilegal dos Territórios Palestinos – tal como confirmado pelo Tribunal Internacional de Justiça e pela Assembleia Geral; e de avançar irreversivelmente no sentido de uma solução de dois Estados, em conformidade com o direito internacional e as resoluções relevantes da ONU.
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