Estudo sobre comercialização de lotes em condomínios fechados foi realizado em 300 municípios da região mineira, entre janeiro e março deste ano
Recentemente, o Estudo de Mercado de Loteamentos, realizado pela Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano de Minas Gerais (Aelo/MG), constatou que o segmento de condomínios fechados em Minas Gerais apresentou uma alta significativa entre janeiro e março deste ano em comparação ao mesmo período de 2023.
Lotes em condomínios fechados
Além disso, as vendas de lotes em condomínios fechados registraram alta de 28,8%, passando de R$ 229 milhões para R$ 295 milhões. Por outro lado, a comercialização de loteamentos abertos caiu 44,7%, de R$ 347 milhões para R$ 192 milhões.
Vale destacar que neste mesmo período, o mercado de lotes fechados representou 60,6% do Valor Global de Vendas (VGV). Em contrapartida, o de loteamento aberto ficou com 39,4%.
Lançamentos
Já em relação ao lançamento de loteamentos fechados foi de 65,6% de participação no total de novos empreendimentos. O número é quase o dobro do montante de lançamentos de loteamentos abertos (34,4%). Entretanto, por conta dos estoques e ajustes de mercado, o Valor Global Lançado (VGL) registrou queda de 59,9% nos loteamentos fechados, caindo para R$ 317 milhões, e de 84,5% nos loteamentos abertos, para R$ 70 milhões.
Tendência de consumo
Esses fatos revelam uma tendência de consumo, uma vez que o empreendimento de lote, nos últimos anos, tem conquistado um protagonismo, sobretudo no período pós-pandemia e, principalmente, o condomínio fechado, que passou a ser um produto desejado, por atributos que o conectam à qualidade de vida. Já para o corretor de imóveis Mohamad Kassem Najm, o loteamento desempenha um papel importante no desenvolvimento urbano, porque facilita a expansão ordenada das cidades e a ocupação racional do solo.
Baixo estoque de empreendimentos
Em compensação, é preciso notar também que a queda nos lançamentos de loteamentos é reflexo do baixo estoque de empreendimentos, o que configura ainda uma demora na aprovação de projetos e licenciamentos ambientais de loteadoras no estado. Em suma, em caso de o estoque de lotes mantiver o ritmo atual de aprovações e não houver alterações nesse cenário, o mercado mineiro pode sofrer escassez de lotes em breve, gerando inflação.
Por fim, o estudo foi realizado em 300 municípios da região mineira, entre janeiro e março deste ano, o que corresponde a 40% da população e mais de 55% do PIB do estado. O levantamento reúne avaliações sobre a VGV, VGL e os estoques de lotes no estado.
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